O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) começou a utilizar drones na fiscalização de plantios no Estado de São Paulo. A primeira operação foi realizada essa semana em uma área experimental de cana-de-açúcar geneticamente modificada, que ainda não está liberada para comercialização.
A tecnologia, segundo o Ministério, promete agilidade na fiscalização e segurança para os servidores, já que reduz a exposição a condições adversas e diminui a necessidade de deslocamentos. A principal função dos drones é captar imagens detalhadas das áreas de cultivo, o que facilita o processo de comparação entre os dados apresentados pelas empresas e a realidade no campo.
Os dados coletados pelos drones também permitem medir a área cultivada e calcular a quantidade de plantas, o que antes exigia medições manuais. A fiscalização de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) segue regulamentações incluindo normas de biossegurança e a delimitação de áreas de cultivo.
A operação foi realizada na região de Campinas e contou com a presença de três servidores do Mapa. Patricia Schober, chefe da regional do Mapa em São Paulo, destacou que o uso da tecnologia traz mais eficiência para o trabalho de fiscalização.
Os voos realizados pela equipe do Mapa são autorizados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e a aeronave utilizada está registrada na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em 2025, o Ministério planeja expandir o uso dos drones nas fiscalizações e afirma que deve receber mais duas aeronaves de última geração, uma delas equipada com sensor termal, permitindo a realização de voos noturnos ou em condições de baixa visibilidade.