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Com pico antecipado de doenças respiratórias, PAI e HMA operam com capacidade máxima em Araguaína

Unidades reforçam equipes para atender aumento expressivo de casos graves em crianças; prefeitura monitora situação e alerta para cuidados preventivos

Por Thiago de Castro - Correio do Tocantins
08/04/2025 11h35 - Atualizado há 1 semana
4 Min

O Pronto Atendimento Infantil (PAI) e o Hospital Municipal de Araguaína (HMA) enfrentam um dos períodos mais intensos do ano no atendimento a crianças com doenças virais, especialmente respiratórias. Tradicionalmente, o pico de infecções ocorre entre abril e junho, mas em 2025 os casos se agravaram mais cedo, já no fim de março, exigindo uma mobilização emergencial das unidades.

A média de atendimentos diários no PAI praticamente dobrou, saltando de 100 para até 200 casos por dia. A unidade, gerida pelo Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), precisou reforçar suas equipes com um novo médico, técnicos e profissionais de enfermagem, todos em regime de plantão extra para garantir o acolhimento e a assistência às crianças.

 

“Estamos vendo um aumento expressivo de doenças como pneumonia com derrame pleural, bronquiolite e outras infecções respiratórias. Muitos dos casos exigem suporte ventilatório, seja com oxigênio, seja com aparelhos”, relata a médica Elena Medrado, diretora técnica do PAI e do HMA.

 

HMA lotado e com reforço de plantões

Referência estadual para atendimentos pediátricos de alta complexidade, o HMA também está com todos os seus 45 leitos ocupados — sendo 10 de UTI e 6 de estabilização — acolhendo pacientes de Araguaína e outras cidades, tanto do sistema público quanto da rede privada.

A diretora Elena Medrado explica que, mesmo diante da superlotação, a unidade mantém sua rotina de cirurgias cardíacas, urológicas e outras especialidades, com avaliações constantes da equipe de cirurgia pediátrica. Para dar conta da demanda crescente, as escalas das equipes foram reorganizadas, com revezamento e horas extras.

Prefeitura acompanha situação e orienta população

A secretária municipal de Saúde, Ana Paula Abadia, afirma que a prefeitura acompanha de perto o crescimento no número de atendimentos e atua em parceria com o ISAC para manter o fluxo sob controle.

 

“Essa alta demanda é cíclica, acontece todos os anos. Por isso, já temos um esquema especial com aumento de profissionais e escalas diferenciadas. Mas seguimos atentos, prontos para novas ações, se necessário, para garantir o acolhimento humanizado às nossas crianças”, destaca.

 

Chuvas, aglomerações e retorno às aulas impulsionam surtos

O período chuvoso, que se estende de janeiro a junho, é historicamente o mais crítico para a disseminação de doenças virais, entre elas a dengue e diversas infecções respiratórias. A situação se agrava com o retorno às atividades escolares, que aumenta a exposição das crianças em ambientes fechados e lotados.

Crianças com até seis anos são as mais vulneráveis a complicações, o que reforça a importância da vacinação contra a Influenza e a covid-19, disponível em todas as 22 UBS de Araguaína.

Quando procurar atendimento

A orientação da Secretaria de Saúde é que os pais procurem atendimento médico caso a criança apresente febre por mais de dois dias, acompanhada de sinais de alerta como vômitos, diarreia, dificuldade para respirar ou falta de apetite. Para bebês com menos de 28 dias de vida, qualquer febre já é motivo para buscar assistência imediata.

Além disso, medidas simples de prevenção continuam sendo fundamentais: evitar aglomerações, utilizar máscara em locais fechados e com muitas pessoas, higienizar as mãos e brinquedos com frequência, garantir boa hidratação e manter o calendário vacinal em dia.

Com os serviços pressionados e o vírus circulando em alta escala, o sistema de saúde de Araguaína volta a operar no limite — uma realidade recorrente neste período do ano, que exige atenção redobrada e consciência coletiva.


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