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“Minha filha precisa viver”: falta de UTI revolta famílias no Hospital Geral de Palmas

Pacientes aguardam vaga na ala pediátrica do Hospital Geral de Palmas. Secretaria de Estado da Saúde disse que lotação se deve ao aumento de doenças sazonais

Por Iara M. Coelho de Castro - Correio do Tocantins
22/04/2025 13h18 - Atualizado há 2 semanas
3 Min

Famílias denunciam colapso na rede pública de saúde infantil no Tocantins diante da ausência de vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas e neonatais. A situação tem provocado o adiamento de cirurgias delicadas e comprometido o tratamento de recém-nascidos e crianças com doenças graves no Hospital Geral de Palmas (HGP).

Casos como o da recém-nascida Aurora Beatriz, internada há 17 dias com bronquiolite — inflamação respiratória que dificulta a oxigenação pulmonar —, ilustram a fragilidade da assistência. A mãe, Luciana Moreira, relata que a filha foi transferida da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para o HGP, onde teria sido garantida uma vaga na UTI do Hospital Dona Regina. No entanto, ao chegar ao local com a equipe de transporte, foi informada de que a vaga não existia. “Não resolvem o problema dela”, desabafou.

Outro caso é o de Diego Nicolas, uma criança que vive com bolsa de colostomia após uma cirurgia de desvio intestinal feita ao nascer. Ele tinha uma nova cirurgia marcada para esta segunda-feira (21), mas foi impedido de realizá-la por falta de leito para o pós-operatório.

 

“Eu simplesmente desabei. Falei: ‘meu Deus, o que vou fazer agora?’”, relatou, emocionada, a mãe, Kézia Bispo.

 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) reconhece a sobrecarga nas UTIs pediátricas e neonatais e atribui o cenário ao aumento de doenças sazonais que acometem crianças nesta época do ano. Em nota, a pasta informou que há mais de 70 leitos disponíveis no sistema público estadual, mas que a elevação da demanda superou a capacidade das unidades. Os pacientes mencionados constam na fila da Central Estadual de Regulação, que atua para viabilizar os atendimentos.

Apesar da justificativa oficial, o drama vivido por famílias como a de Aurora e Diego revela um sistema em situação crítica e com impacto direto sobre o direito à saúde das crianças. Especialistas apontam que o colapso na assistência intensiva infantil exige medidas urgentes e estruturais, com ampliação da oferta de leitos e revisão dos fluxos de regulação hospitalar.

Enquanto isso, mães seguem à espera — não apenas de leitos, mas de respostas e de um atendimento que esteja à altura da gravidade de cada caso.

Íntegra da nota da Secretaria de Estado da Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que os pacientes mencionados constam na fila da Central Estadual de Regulação (CER), aguardando leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e as equipes já trabalham para atender a demanda.

A SES-TO destaca que atualmente, são mais de 70 leitos de UTI pediátricas e neonatais disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas infelizmente devido o adoecimento das crianças em decorrência da sazonalidade e o agravamento dos casos, a demanda por este tipo de atendimento ampliou e sobrecarregou as unidades.


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