Profissionais da Educação da rede municipal de Araguaína intensificaram nesta sexta-feira (9) o movimento grevista com uma série de mobilizações no centro comercial da cidade. A categoria realizou panfletagens nas avenidas Cônego João Lima e 1º de Janeiro, com o objetivo de dialogar diretamente com a população e denunciar, segundo os organizadores, o “descumprimento de direitos e o descaso” da gestão do prefeito Wagner Rodrigues (UB) com os trabalhadores da educação pública.
Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), a greve foi deliberada em assembleia realizada no dia 30 de abril. As principais reivindicações da categoria incluem:
Pagamento das progressões funcionais atrasadas;
Aprovação e implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores administrativos;
Cumprimento da Lei do Piso Nacional com a implementação de 1/3 da jornada destinada à hora-atividade para os professores.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes ocuparam pontos estratégicos do comércio de Araguaína. “Essa greve não é apenas por salários. É por dignidade, respeito e por um futuro digno para nossos estudantes. A educação de qualidade começa pela valorização de seus profissionais”, afirmou Rosy Franca, presidente regional do Sintet, durante a manifestação.
A reportagem apurou que o prefeito Wagner Rodrigues está em Brasília cumprindo compromissos oficiais, mas já agendou uma reunião com os dirigentes sindicais para a próxima semana. Enquanto isso, a presidente regional do Sintet segue em Palmas buscando apoio político e institucional para fortalecer o movimento.
O presidente estadual do Sintet, José Roque, manifestou apoio aos educadores por meio de vídeo publicado nas redes sociais. “A greve é legítima, respaldada pela base e movida por decisões coletivas. Vamos continuar lutando por justiça e valorização dos trabalhadores da educação”, declarou.
O sindicato afirma que continuará promovendo assembleias, mobilizações e ações estratégicas até que a gestão municipal apresente respostas concretas às pautas reivindicadas. Para o Sintet, a luta em Araguaína é também um símbolo da resistência da educação pública no Tocantins.