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Ministério Público abre novo procedimento para apurar nepotismo em Miranorte

- Correio do Tocantins
17/06/2025 09h56 - Atualizado há 3 horas
3 Min

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) instaurou, no início de junho, o Procedimento Administrativo nº 2792/2025 para apurar uma nova denúncia de suposto nepotismo na Prefeitura de Miranorte. O caso envolve o prefeito Leandro Mota Barbosa Teles (PL) e amplia de cinco para 12 o número de pessoas citadas por possíveis vínculos familiares com o gestor.

A nova apuração surge pouco tempo depois de o Tribunal de Contas do Estado (TCE/TO) ter emitido, em abril deste ano, um alerta formal ao prefeito. O procedimento anterior foi aberto dentro do processo nº 2594/2025, com base em denúncia anônima que apontava a nomeação de uma cunhada e quatro primos para cargos na administração municipal.

Na nova representação enviada ao MPTO, além dos cinco nomes já mencionados na análise do TCE/TO, aparecem mais sete pessoas: outra cunhada do prefeito, a esposa dele, os maridos das duas cunhadas, o sogro, um suposto parente de vereador e a chefe do controle interno da prefeitura, além do filho dela, que, segundo a denúncia, atua como médico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e também exerce a função de diretor clínico do hospital municipal. Os dois últimos nomes foram encaminhados ao Ministério Público por meio da ouvidoria, mas a denúncia não esclarece qual seria a relação deles com o prefeito.

Falhas na divulgação de dados públicos

Durante a apuração, foi constatado que o Portal da Transparência de Miranorte não exibe as informações sobre salários dos servidores entre os anos de 2016 e 2025. Os campos de remuneração aparecem zerados e a situação de pagamento consta como “não paga”, o que contraria os dispositivos da Lei de Acesso à Informação (LAI) nº 12.527/2011, que obriga a divulgação de dados como estrutura organizacional, folha de pagamento, gastos com pessoal e contratos administrativos.

Apesar da ausência de dados sobre vencimentos, os nomes dos servidores podem ser localizados no portal, o que permitiu a identificação de parte dos citados nas denúncias. No entanto, não foram encontrados registros do sogro do prefeito nem do médico apontado como filho da chefe do controle interno. Também não foi possível confirmar a identidade de um dos maridos das cunhadas, já que a denúncia cita apenas o primeiro nome, sem fornecer o sobrenome.

A reportagem tentou contato com o prefeito e seus assessores, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Pedidos de acesso às informações salariais foram protocolados junto à prefeitura e ao Tribunal de Contas.


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