A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (1º/7), os novos percentuais da Revisão Tarifária Anual de 2025 da Energisa Tocantins. As novas tarifas começam a valer a partir de sexta-feira, 4 de julho, para cerca de 684 mil unidades consumidoras atendidas pela concessionária em todo o estado.
O reajuste médio autorizado foi de 12,68%, mas os percentuais variam conforme o tipo de consumo. Para os consumidores de alta tensão, como grandes empresas e indústrias, o aumento pode chegar a 13,25%. Já os consumidores residenciais terão uma elevação média de 12,31% nas contas de luz. A expectativa inicial, segundo o Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Tocantins (CEETO), era que o reajuste ficasse em até 8,97%.
Em 2024, os aumentos foram menores: 8,95% para o consumidor residencial e 8,94% para os consumidores do grupo A (alta tensão).
De acordo com a Aneel, os principais fatores que influenciaram a alta nas tarifas foram os custos com distribuição de energia, encargos setoriais e componentes financeiros acumulados desde o reajuste anterior. O processo de revisão foi discutido em audiência pública realizada em Palmas, no dia 24 de abril, no âmbito da Consulta Pública nº 15/25.
A Energisa também detalhou a composição da tarifa de energia elétrica. De cada R$ 100 pagos na conta:
R$ 35,70 ficam com a distribuidora para custear investimentos, manutenção da rede e salários de funcionários;
R$ 27,00 são destinados às geradoras de energia;
R$ 5,80 vão para as transmissoras;
R$ 31,50 correspondem a encargos e tributos cobrados pelo governo;
Além disso, há a taxa de iluminação pública, variável conforme o município.
Ou seja, mais de 60% do valor da fatura são apenas repassados pela empresa aos demais agentes do setor elétrico e ao poder público.
O reajuste tarifário anual é um processo regulado pela Aneel e ocorre com todas as distribuidoras do país. O objetivo é garantir o equilíbrio financeiro das empresas do setor e a continuidade dos serviços, respeitando os contratos de concessão e os critérios técnicos definidos pela agência reguladora.
Embora necessário do ponto de vista técnico, o aumento surpreendeu consumidores e entidades de defesa dos usuários, especialmente pelo percentual elevado em comparação com a expectativa inicial.