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03/08/2025 às 13h36min - Atualizada em 03/08/2025 às 13h36min

Enquanto Amélio mira o governo, MDB e União Brasil disputam Celso e Dimas volta ao jogo

Thiago de Castro

Thiago de Castro

Colunista e Editor do Jornal Correio do Tocantins

O prefeito de Paraíso do Tocantins, Celso Morais (MDB), entrou de vez no centro das articulações políticas rumo às eleições de 2026. Pré-candidato a deputado federal, ele teria recebido convite para deixar o MDB e se filiar ao União Brasil, partido da senadora Professora Dorinha Seabra, que articula sua própria candidatura ao Palácio Araguaia.

A possibilidade de mudança de partido gerou preocupação no MDB, especialmente no grupo liderado pelo deputado federal Alexandre Guimarães, presidente estadual da sigla. Para tentar manter Celso no partido, o MDB teria oferecido a ele a vaga de vice-governador numa possível chapa encabeçada por Amélio Cayres (Republicanos), atual presidente da Assembleia Legislativa e também pré-candidato ao governo.

Celso Morais é um dos prefeitos mais bem avaliados do Tocantins e governa um dos maiores colégios eleitorais do estado. Por isso, seu nome é visto como estratégico tanto por quem deseja mantê-lo no MDB quanto por quem busca atrair novas lideranças para outras frentes políticas. Apesar das sondagens, Celso ainda não anunciou sua decisão e deve aguardar até abril de 2026, quando o cenário eleitoral estará mais claro, especialmente em relação a uma eventual renúncia ou não do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), hipótese que ele nega, mas que segue no radar político.

Amélio Cayres quer a cabeça de chapa, não a vice

Mesmo com especulações sobre possíveis composições, o grupo político de Amélio Cayres deixa claro que ele não pretende ser vice em nenhuma chapa. Com cinco mandatos como deputado estadual e atualmente presidindo a Assembleia, Amélio se fortaleceu como um dos principais nomes dentro da base do governo e trabalha para ser o escolhido de Wanderlei Barbosa na sucessão estadual.

A expectativa é que Amélio apareça bem nas próximas pesquisas e consiga se consolidar como o principal nome dentro do grupo governista. Além de Amélio, também estão no jogo nomes como o da senadora Dorinha (União Brasil), que busca formar uma base alternativa à de Wanderlei.

Israel Guimarães assume cargo no governo estadual

Outra movimentação relevante aconteceu em Araguaína. O vice-prefeito Israel Guimarães (MDB) se licenciou do cargo para assumir a presidência da Mineratins, empresa pública estadual ligada ao setor mineral. A mudança reforça a aproximação do grupo de Alexandre Guimarães com o governo de Wanderlei Barbosa e pode significar um afastamento do prefeito Wagner Rodrigues (União Brasil), aliado de Dorinha e adversário político de Wanderlei.

A licença de Israel ocorre em um momento em que seu irmão, Alexandre Guimarães, intensifica sua presença em eventos pelo interior do estado com discurso de pré-candidato ao Senado. Nos bastidores, comenta-se que Alexandre pode integrar a chapa majoritária governista em 2026, dividindo espaço com nomes como o senador Eduardo Gomes (PL) ou até mesmo o próprio Wanderlei.

Tiago Dimas retorna à Câmara com apoio de Eduardo Siqueira

Em meio a essas movimentações, o ex-deputado Tiago Dimas (Podemos) voltou oficialmente à Câmara dos Deputados após a cassação do mandato de Lázaro Botelho (PP). O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, comemorou publicamente o retorno de Tiago, destacando sua capacidade de representar o Tocantins em Brasília.

Tiago Dimas foi deputado entre 2019 e 2022 e agora retorna ao cargo em um momento em que o Podemos, liderado por Eduardo em Palmas, busca crescer no cenário estadual. A aliança entre os Dimas e Eduardo se fortalece ainda mais com a presença do ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (pai de Tiago), no secretariado da capital.

Resumo do cenário

As articulações políticas no Tocantins mostram que o jogo para 2026 já começou. Celso Morais é disputado por grupos importantes, Amélio Cayres se firma como pré-candidato ao governo, Alexandre Guimarães se projeta para o Senado, e Tiago Dimas retorna ao Congresso com apoio do grupo de Eduardo Siqueira. Em meio a tudo isso, o governador Wanderlei Barbosa observa os movimentos, sem anunciar ainda se disputará uma cadeira no Senado Federal, mas com sua influência pesando cada vez mais no tabuleiro.

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