"As fêmeas vacinadas de 3 a 8 meses devem, obrigatoriamente, ser marcadas com ferro candente ou nitrogênio líquido, no lado esquerdo da face. Fêmeas vacinadas com a vacina B19 deverão ser marcadas com o algarismo final do ano de vacinação. Fêmeas vacinadas com a amostra RB51 deverão ser marcadas com um V", diz trecho do regulamento do Ministério.
"Caso fique provado ilícito, a profissional poderá responder Processo Ético que será analisado e julgado em Plenária, podendo ser punida", disse o órgão.
"Eu não marquei 22 na cara do bezerro por conta do Bolsonaro, não. É porque você marca na cara do bezerro o ano, na paleta você marca o mês e atrás, na anca do bezerro, você marca a marca da propriedade, no caso a do meu pai é F1. Eu apenas filmei fazendo um procedimento que desde o mês um está fazendo e até o mês 12 vai estar fazendo. Ano que vem vai ser 23 e assim sucessivamente. Então não tem nada a ver com Bolsonaro. Mas eu sou Bolsonaro", disse.
"As fêmeas vacinadas de 3 a 8 meses devem, obrigatoriamente, ser marcadas com ferro candente ou nitrogênio líquido, no lado esquerdo da face. Fêmeas vacinadas com a vacina B19 deverão ser marcadas com o algarismo final do ano de vacinação. Fêmeas vacinadas com a amostra RB51 deverão ser marcadas com um V."
"A marcação do gado por outro motivo, para controle do rebanho, pode marcar na paleta, na face, onde ficar melhor a visualização no curral na hora do manejo. Agora, com número do ano [no caso 2], só no caso das fêmeas vacinadas. Nesse caso é no lado esquerdo da face. Esse lado das fêmeas bovinas é destinado para controle da vacinação de brucelose. É controle de serviço oficial", disse o veterinário.
"Essa marcação é totalmente anormal. Além do que a prática com o que ela foi feita pode caracterizar maus-tratos aos animais porque a moça que aplicou a marca está pisando na cabeça do bezerro. A contenção mal feita e a aplicação de uma marca que não é normal ou frequente. Muito provavelmente foi com interesse político. A prática foi totalmente equivocada", disse o especialista.
"Esse tipo de procedimento hoje está sendo alterado. A 'Redução da Marca a Fogo' é um projeto que estamos liderando, já com várias fazendas aderindo ao projeto. Substituindo a marca a fogo por tatuagens, ou brincos eletrônicos ou visuais, que podem ser identificados pela cor", disse Mateus Paranhos da Costa.
"Vale destacar que a face dos bovinos em geral é uma das áreas mais sensíveis do animal. A marca a fogo é uma queimadura de segundo ou terceiro grau e, quando colocada na face, que ai no caso foram duas marcas, gera dor aguda no momento da aplicação e depois no processo inflamatório", explicou Mateus Paranhos.