Um crime de homicídio, ocorrido na madrugada deste domingo, 29, na região sul da Capital e que vitimou um homem de 40 anos de idade, foi devidamente elucidado pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio de ação realizada pela equipe da 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa - 1ª DHPP de Palmas.
O delegado Israel Andrade informou que inicialmente, a unidade especializada em Homicídios da Polícia Civil foi acionada às 8 horas da manhã, sobre um veículo incendiado que estaria em uma rua do Jardim Laila com um corpo carbonizado em seu interior.
De imediato, as equipes da 1ª DHPP deram início às investigações e, com apoio da Polícia Militar, foram até a residência da vítima, que fica no mesmo bairro. No local, os policiais perceberam que o imóvel tinha acabado de ser lavado, o que levantou suspeitas, ainda mais que, ainda era possível, visualizar vestígios de sangue no local.
Ao questionar a moradora do imóvel, uma mulher de 39 anos, a mesma acabou confessando que ela, juntamente com seu filho de 18 anos, teria atacado a vítima com golpes de martelo e marreta, durante uma discussão, uma vez que seu marido, a vítima encontrada no carro incendiado, teria tentado lhe agredir.
"Ao perceber que o marido estava morto, mãe e filho pediram ajuda ao pai do jovem e também a outro indivíduo, de 54 anos, para que pudessem se livrar do corpo", disse o delegado.
Simulação de acidente
As investigações da 1ª DHPP também revelaram que o pai do jovem se negou a participar do fato, e somente, o outro indivíduo auxiliou mãe e filho a colocarem o corpo da vítima dentro de um veículo. Em seguida, se dirigiram até uma avenida mais afastada onde adentraram com o carro, alguns metros para dentro de um matagal, no intuito de simular um acidente. Logo em seguida, utilizando gasolina, eles teriam colocado fogo no automóvel com o corpo dentro e fugiram do local.
"Ficou claro que mãe e filho, juntamente com esse amigo da família, tiraram o corpo da casa, colocaram dentro do veículo e foram até o local, onde a vítima foi encontrada com a clara intenção de confundir o trabalho policial e simular um acidente", disse o delegado.
Porém, a farsa foi descoberta e as quatro pessoas foram conduzidas até a 2ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Taquaralto, onde a mãe, de 39 anos e o filho de 18 foram autuados ainda em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação e destruição de cadáver, além de fraude processual. O homem de 52 anos foi autuado por ocultação e destruição de cadáver e fraude processual.
Como não havia indícios de participação do quarto homem nos crimes, ele foi liberado após prestar depoimento.
Após a realização dos procedimentos legais cabíveis, a mulher foi recolhida à Unidade Prisional Feminina de Palmas, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário. Já, o jovem de 18 anos, e o outro indivíduo, de 52 anos, foram encaminhados à Unidade Penal Masculina da Capital, onde aguardarão manifestação da justiça.