No Tocantins, sete pessoas foram resgatadas em situação análoga a trabalho escravo. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as vítimas trabalhavam em uma fazenda no interior do estado. Elas viviam em barracos de lona, sem acesso a banheiros e água potável.
A ação foi realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) entre os dias 11 e 19 de setembro. As vítimas faziam trabalhos de limpeza e preparo do solo para plantio de soja, utilizavam máquinas sem treinamento para exercer as funções, sem equipamento de proteção individual (EPIs) e sem registros trabalhistas.
O local onde o grupo foi encontrado fica a duas horas de distância de uma cidade da região, que não foi informada pelo Ministério.
Na fazenda, os trabalhadores viviam em barracos de lona, dormiam em redes penduradas nas estruturas de madeiras dos barracos e os pertences eram mantidos em sacolas e mochilas, que ficavam pendurados em troncos de árvores.
Ainda de acordo com o Ministério, as vítimas não tinha acesso a água potável, sendo necessário consumir a água retirada de uma mina.
O empregador das vítimas foi notificado e pode responder criminalmente pelas irregularidades trabalhistas cometidas, além de ter o nome incluído na 'Lista Suja de Trabalho Escravo'. O proprietário da fazenda também foi notificado da rescisão dos contratos e deve fazer os pagamentos aos trabalhadores. As vítimas devem receber três parcelas de seguro-desemprego.
O ministério não divulgou o nome da empresa, por isso não foi possível solicitar um posicionamento do empregador.