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Professores de Praia Norte, na região do Bico do papagaio denunciam perseguição política e irregularidades salariais

Por Iara M. Coelho de Castro - Correio do Tocantins
13/03/2025 00h06 - Atualizado há 6 horas
2 Min

Na cidade de Praia Norte, região do Bico do Papagaio, professores da rede municipal de ensino denunciam perseguição política e irregularidades trabalhistas por parte da gestão da prefeita Bruna do Ho Che Min (PSD). Segundo relatos, cerca de 50 profissionais estão sendo alvos de retaliação por não terem apoiado a atual administração nas eleições de 2024.

Uma das principais queixas da categoria é a falta de pagamento do 13º salário de 2024 para diversos professores, além de pendências salariais referentes aos anos de 2022 e 2023. Além disso, os docentes denunciam que o piso salarial da categoria não é reajustado desde 2022, contrariando a legislação vigente. Atualmente, os professores recebem R$ 3.459,32, valor inferior ao piso nacional do magistério estabelecido para 2025, de R$ 4.867,77, o que representa uma defasagem de R$ 1.408,45 mensais por profissional.

As insatisfações se intensificaram com o início do ano letivo, quando diversos professores foram transferidos para outras escolas sob a justificativa de redução do número de alunos. No entanto, os educadores alegam que a medida teve caráter político, uma vez que os transferidos seriam, em sua maioria, servidores que não votaram na atual prefeita.

Casos mais graves foram relatados, como a remoção de professores com sérios problemas de saúde, sem critérios transparentes. Dois docentes que estão afastados por questões médicas há mais de dois anos também denunciam tratamento desigual por parte da Secretaria de Educação, o que levanta questionamentos sobre imparcialidade e respeito aos direitos democráticos dos servidores.

Sindicato recorre à Justiça

Diante das denúncias, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), através da regional de Augustinópolis, tenta abrir um canal de diálogo com a gestão municipal para negociar os direitos trabalhistas pendentes. Algumas das reivindicações já foram judicializadas, mas a categoria expressa desânimo com a demora na solução dos problemas.

Os professores seguem mobilizados e aguardam uma resposta da administração municipal para garantir o cumprimento dos direitos previstos em lei. Até o momento, a Câmara Municipal de Praia Norte não se manifestou sobre as denúncias apresentadas.


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