O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu um procedimento para apurar denúncias graves contra dois magistrados do Tribunal de Justiça do Tocantins: o desembargador Pedro Nelson de Miranda Coutinho e o juiz Jordam Jardim Silva. A investigação foi instaurada a partir de uma denúncia anônima, que aponta possíveis crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e tráfico de influência.
Segundo o documento, os magistrados teriam adquirido imóveis por valores muito abaixo do mercado e construído uma mansão milionária às margens de um lago, com recursos de origem suspeita. A denúncia também menciona a utilização de contratos advocatícios para encobrir pagamentos ilícitos à filha de um dos investigados, além da suposta interferência em processos judiciais de interesse de aliados.
Os envolvidos são ainda acusados de utilizar terceiros para ocultar bens, manter sociedade em uma lancha de luxo e ter acesso antecipado a informações sigilosas de operações da Polícia Federal, como a Operação Máximus.
O caso está registrado no CNJ sob o número 0005078-28.2025.2.00.0000 e envolve, além do TJTO, a Corregedoria-Geral de Justiça do Tocantins. O processo segue sob análise da Corregedoria Nacional de Justiça. Até o momento, os magistrados não se manifestaram publicamente.