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Polícia deflagra operação contra organização criminosa dentro da Prefeitura de Nova Olinda

Ação cumpriu mandados de busca e apreensão no prédio da administração municipal; prefeito nega envolvimento em contratos suspeitos

Por Thiago de Castro - Correio do Tocantins
15/07/2025 19h32 - Atualizado há 14 horas
3 Min

Na manhã desta terça-feira (15), a tranquilidade dos moradores de Nova Olinda, no norte do Tocantins, foi interrompida por uma intensa movimentação policial no prédio da Prefeitura. Agentes da Polícia Civil cumpriram 10 mandados de busca e apreensão como parte da Operação Python, que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo servidores públicos, escritórios de contabilidade e membros da atual gestão municipal.

A ação foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Tocantins e ocorre após denúncias de desvio de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos. Entre os alvos das diligências estão agentes com atuação direta na administração municipal e empresas privadas que prestam serviços à prefeitura. O atual prefeito da cidade é Jesus Evaristo Cardoso (União Brasil).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO), as investigações apontam para a existência de uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas e possível conluio entre servidores e empresários para desviar verbas por meio de favorecimentos ilícitos. A operação está em andamento, e a SSP informou que detalhes adicionais serão divulgados após a conclusão dos levantamentos.

Suspeitas de “rachadinha” em contratos de contabilidade

Paralelamente à ação policial, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) também investiga indícios de prática de rachadinha — esquema em que parte dos salários ou valores pagos a empresas contratadas retorna aos gestores públicos — em contratos firmados entre a Prefeitura de Nova Olinda e uma empresa de assessoria contábil. A investigação é conduzida pela 14ª Promotoria de Justiça de Araguaína.

Entre 2021 e 2024, a referida empresa teria recebido R$ 1,6 milhão dos cofres municipais. Há suspeitas de que parte desses recursos tenha sido desviada. A mesma empresa mantém contratos com outras prefeituras tocantinenses, como Arapoema e Ananás, todos firmados com dispensa de licitação, somando mais de R$ 1 milhão em valores públicos.

Defesa do prefeito

Em nota enviada ao Ministério Público em fevereiro deste ano, o gabinete do prefeito Jesus Evaristo argumentou que a contratação da empresa ocorreu ainda em janeiro de 2021, durante a gestão do ex-prefeito Temístocles Domingos, falecido por complicações da Covid-19. Evaristo teria assumido a Prefeitura apenas no final de abril daquele ano, não tendo, segundo a defesa, qualquer vínculo com os responsáveis pela empresa investigada.

Sobre os extratos bancários anexados à investigação — que mostram transferências via PIX entre um representante da empresa e um secretário municipal — a prefeitura alegou desconhecer as motivações das transações e classificou os pagamentos como "atos entre particulares", sem comprovação de que se tratem de propina.

A reportagem aguarda posicionamento oficial da Prefeitura de Nova Olinda sobre a Operação Python e os desdobramentos da investigação conduzida pela Polícia Civil e pelo MPTO.


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