Um morador em situação de rua, conhecido popularmente como “Doidinho do Centro”, foi flagrado cometendo ato obsceno dentro de uma loja de roupas no centro de Araguaína, na última sexta-feira (18). O caso ocorreu em plena luz do dia, durante o expediente comercial, e foi registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento. A cena causou revolta e pânico entre as funcionárias do local, especialmente a proprietária, que decidiu tornar o episódio público como forma de alerta.
Segundo o relato da empresária, o homem era figura recorrente na região e costumava pedir água na loja, sendo sempre tratado com respeito e humanidade. “Acreditávamos que ele fosse inofensivo, lidávamos com ele de forma leve, até com bom humor. Nunca imaginei que ele poderia ter esse tipo de atitude”, declarou, ainda abalada com o ocorrido.
Na ocasião, o suspeito entrou com uma garrafinha de água e pediu para utilizar o banheiro. Momentos depois, saiu do local visivelmente excitado, com o órgão genital parcialmente exposto. Em seguida, dirigiu-se ao provador, onde expôs o pênis e começou a se masturbar diante da empresária. A vítima reagiu imediatamente, gritando e ordenando que ele se retirasse do local, ameaçando chamar a polícia.
A Polícia Militar foi acionada, mas o homem já havia deixado o estabelecimento quando a equipe chegou. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da Polícia Civil, que instaurou inquérito para apurar o crime de ato obsceno, previsto no artigo 233 do Código Penal, cuja pena varia de três meses a um ano de detenção, além de multa. A pena pode ser agravada em casos de reincidência ou se houver exposição a menores de idade.
De acordo com a empresária, o suspeito chegou a ser localizado posteriormente, mas não pôde ser detido por não estar mais em situação de flagrante. A legislação penal brasileira só permite a prisão imediata nesses casos quando o ato está sendo cometido ou logo após a prática.
Indignada, a vítima fez um apelo público por mais proteção e medidas eficazes. “É inadmissível que nós, mulheres trabalhadoras, tenhamos que nos trancar dentro do nosso próprio comércio por medo. Enquanto isso, indivíduos que oferecem risco continuam circulando pelas ruas. Peço à população que colabore com a identificação e denúncia formal. Comentários nas redes sociais não servem como base legal para investigação.”
A Polícia Civil segue com a investigação e orienta que denúncias sobre esse ou outros casos similares sejam feitas de forma anônima pelos canais oficiais: 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil).