A Polícia Federal do Tocantins deflagrou na manhã desta quinta-feira, 24, a Operação Guardião do Futuro V, com o objetivo de combater crimes relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes, especificamente o armazenamento e compartilhamento de conteúdo sexual infantojuvenil pela internet.
Durante a ação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Palmas, na residência de uma mulher investigada por divulgar imagens da própria filha em situação de abuso sexual. Segundo as investigações, o material, composto por fotos e vídeos, estava sendo veiculado por meio de uma conta em uma plataforma de compartilhamento gratuito de vídeos, administrada pela genitora da vítima.
A criança foi resgatada em segurança e encaminhada ao Conselho Tutelar, que agora acompanha o caso e providenciará atendimento psicossocial especializado. A Polícia Federal informou que os crimes vinham sendo cometidos de forma sistemática e com grau elevado de exposição, o que agravou ainda mais a condição de vulnerabilidade da vítima.
Durante a diligência, foram apreendidos um celular e um laptop, que serão submetidos à perícia de informática. O objetivo é aprofundar a análise do material digital, identificar outros possíveis registros de abusos, verificar a existência de cúmplices ou redes de exploração e localizar eventuais outras vítimas.
A investigada poderá responder pelos crimes de posse e compartilhamento de material pornográfico envolvendo menores de 18 anos, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Somadas, as penas podem chegar a 10 anos de reclusão.
O nome "Guardião do Futuro" faz alusão ao papel da Polícia Federal na proteção dos direitos das crianças e adolescentes, considerados sujeitos plenos de direitos e prioridade absoluta pela Constituição Federal. Essa é a quinta fase da operação, que tem como foco o enfrentamento direto a crimes digitais contra menores, reforçando o compromisso da instituição com o combate à criminalidade sexual praticada por meio da internet.
A PF informou que as investigações seguem em curso e novas medidas judiciais não estão descartadas.