A Justiça do Tocantins tornou réus três acusados pela morte brutal de Elielson José da Silva, de 26 anos, assassinado a facadas em janeiro deste ano na cidade de Arapoema, norte do estado. A decisão, assinada nesta segunda-feira (4) pela juíza Gisele Pereira de Assunção Veronezi, da 1ª Escrivania Criminal de Arapoema, acolheu integralmente a denúncia apresentada pelo Ministério Público.
Os denunciados são Gleiciane Barros Resplandi, de 36 anos, companheira da vítima; Marcos José Barros Resplandi, de 35 anos, irmão de Gleiciane; e José da Conceição Pereira, de 61 anos, apontado como amigo da acusada. Os três responderão por homicídio qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.
Segundo consta no processo, o crime ocorreu no dia 11 de janeiro, dentro de uma residência onde os três se encontravam. Após um desentendimento, Gleiciane teria desferido dez golpes de faca contra Elielson. Os outros dois acusados, conforme o inquérito, auxiliaram na ocultação do corpo, enrolando-o em lençóis e enterrando-o nos fundos do imóvel, numa vala improvisada.
A juíza Gisele Veronezi destacou, ao aceitar a denúncia, que “a infração penal atribuída aos autores do fato não comporta medidas despenalizadoras”, o que descarta qualquer possibilidade de acordos ou benefícios processuais neste momento.
O trio foi intimado e terá o prazo de dez dias para apresentar resposta à acusação, com a constituição de defesa técnica. Caso não contratem advogados, a Justiça deverá nomear defensores públicos (dativos) para acompanhá-los.
O caso gerou forte repercussão na comunidade local, especialmente pela violência do crime e a relação de proximidade entre os envolvidos. A expectativa é de que o processo avance nos próximos meses, com a fase de instrução e coleta de provas.