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18/07/2025 às 10h27min - Atualizada em 18/07/2025 às 10h27min

Velozo se empolga no poder, e Eduardo retorna decidido a cortar na carne

Thiago de Castro

Thiago de Castro

Colunista e Editor do Jornal Correio do Tocantins

O retorno de Eduardo Siqueira Campos ao comando da Prefeitura de Palmas, após decisão do STF, marca não apenas a retomada administrativa, mas a reabertura de uma fratura política que deixou de ser discreta. Durante os 20 dias em que ocupou interinamente o cargo, o vice-prefeito Carlos Velozo agiu com rapidez e ambição, promovendo trocas no secretariado e alterando projetos em curso, movimentos considerados, nos bastidores, como precipitados e desleais.

A manobra de conceder execução orçamentária ao vice, justificada por uma “situação emergencial”, acabou sendo interpretada por aliados de Eduardo como um ensaio antecipado de 2028. O que deveria ser um gesto técnico virou palco para exposição política do grupo Agir, liderado por Amarildo Martins, que tentou capitalizar o curto período de visibilidade. Mas o preço começa a ser cobrado.

Eduardo retorna com motivos de sobra para rever alianças e remover, de forma cirúrgica, os comissionados ligados ao grupo de Velozo. A presença desse grupo, especialmente nas áreas da Saúde e Educação, passou a ser vista como risco real à estabilidade da gestão. A convivência entre adversários declarados no coração da administração não se sustenta, nem do ponto de vista institucional, nem da lógica política.

Apesar de vozes sugerirem gestos de “nobreza” e contenção por parte de Eduardo, a postura adotada pelo vice durante a ausência do titular enfraquece qualquer argumento conciliador. As ações de Velozo e seu entorno, interpretadas por muitos como oportunismo, desrespeitaram a liturgia do cargo e avançaram sobre áreas sensíveis do governo, como se ocupassem o poder de forma definitiva.

A expectativa agora é por um movimento de reestruturação. Eduardo, que já sinaliza interesse em disputar a reeleição em 2028, dificilmente manterá no governo um grupo que ensaiou golpe branco em sua ausência. A sobrevivência política exige resposta à altura, e ela deve vir na forma de exonerações e retomada do controle pleno da máquina.

Se Carlos Velozo e o Agir colheram frutos da exposição, terão de lidar agora com os espinhos deixados pela pressa.

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