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Cunhado do governador do Tocantins é preso após atirar mochila com dinheiro pela varanda durante operação da PF

Por Thiago de Castro - Correio do Tocantins
18/03/2025 13h10 - Atualizado há 1 dia
3 Min

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (18), o jornalista e ex-prefeito de Almas, Goianyr Barbosa de Carvalho. A prisão ocorreu durante a execução de mandados da Operação Sisamnes, que investiga o vazamento de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante a busca na residência do jornalista, os agentes encontraram uma mochila contendo R$ 22,5 mil, o que levou à sua detenção em flagrante sob suspeita de lavagem de dinheiro.

O advogado Thiago Marcos Barbosa, filho de Goianyr, também foi preso preventivamente. Ele atua como assessor jurídico no gabinete do procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva, do Ministério Público do Tocantins (MPTO), que foi alvo de buscas durante a operação. Goianyr e Thiago são, respectivamente, cunhado e sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que, até o momento, não foi citado como alvo da investigação.

A Operação Sisamnes apura a existência de uma rede clandestina de monitoramento, comercialização e repasse de informações sigilosas sobre investigações em andamento. A suspeita é que o vazamento dessas informações tenha frustrado diversas operações policiais. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e uma ordem de prisão preventiva nesta fase da investigação.

Dinheiro jogado pela varanda

A prisão de Goianyr ganhou contornos inusitados após relatos de que ele teria arremessado a mochila com dinheiro pela varanda ao perceber a presença dos agentes. Segundo seu advogado, Zenil Drumond, o jornalista pensou que se tratava de um assalto e tentou proteger o valor. Drumond argumenta que a posse de dinheiro em casa não é crime e que a defesa vai contestar a legalidade da prisão.

"Não há elementos que comprovem a alegação da polícia. A lei brasileira não estabelece um limite específico para a quantia que uma pessoa pode guardar consigo, sendo que apenas valores acima de R$ 30 mil devem ser declarados à Receita Federal no exercício seguinte", afirmou o advogado.

Repercussão e medidas adotadas

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) divulgou uma nota oficial informando que "todas as medidas necessárias para atender à determinação do Supremo Tribunal Federal foram adotadas" e reafirmando seu compromisso com a legalidade e transparência. Além disso, confirmou a exoneração do servidor envolvido na investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Cristiano Zanin, foi responsável pela decisão que determinou as buscas e prisões. Entre as medidas aplicadas estão o afastamento de funções públicas, proibição de contato entre os investigados e restrição de saída do país, com recolhimento de passaportes.

Nossa equipe de reportagem tentou contato com a defesa de Thiago Marcos e Ricardo Vicente, mas ainda não obteve resposta. O governador Wanderlei Barbosa também não se manifestou sobre a prisão de seus familiares até o momento.

As investigações seguem em andamento e novas fases da Operação Sisamnes podem ser deflagradas nas próximas semanas.


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