Após lutar pela vida por quase três semanas na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP), Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu nesta sexta-feira (11). Ela foi brutalmente espancada em uma tentativa de feminicídio ocorrida no município de Caseara, no último dia 22 de março. O caso provocou comoção na cidade e gerou indignação em todo o estado do Tocantins.
A agressão ocorreu de forma extremamente violenta: a vítima sofreu múltiplas fraturas na cabeça após ser atacada com um cabo de rodo. Segundo informações apuradas na época, o autor do crime fugiu do local logo após o ataque, mas foi localizado e preso posteriormente.
A morte de Delvânia foi confirmada pela Secretaria de Estado da Mulher, que emitiu uma nota de pesar lamentando a perda e cobrando justiça.
“Delvânia não é estatística. É grito sufocado, é urgência, é memória viva da brutalidade que precisa parar”, destacou o comunicado. A pasta também reforçou o apelo por políticas públicas efetivas de combate à violência contra a mulher.
O caso expõe, mais uma vez, a urgência de ações concretas e permanentes para frear o avanço da violência de gênero no estado. Em Caseara, moradores se uniram em manifestações de solidariedade à vítima e de repúdio à barbárie que tirou sua vida.
Delvânia agora se torna símbolo de uma luta que continua: a luta pelo fim da violência que silencia, mutila e mata mulheres todos os dias no Brasil.