A construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, que ligará os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), alcançou 50% de execução, segundo balanço divulgado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A estrutura está sendo erguida para substituir a antiga Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que colapsou tragicamente em dezembro de 2024, deixando 14 mortos e três desaparecidos — uma ferida aberta na memória da região.
Orçada em R$ 171,1 milhões, a obra avança em ritmo acelerado. Mais de 500 operários se revezam em dois turnos, incluindo domingos e feriados, para garantir que a travessia esteja pronta até o final de 2025.
De acordo com o superintendente do Dnit, Luiz Antônio Ehret Garcia, a obra já superou etapas fundamentais. “Todas as 24 fundações e os 26 pilares estão concluídos. Agora, nossas equipes trabalham na montagem das 45 vigas pré-moldadas que vão sustentar a estrutura”, informou. Garcia reafirma a meta de entrega: “Estamos formando as primeiras vigas e trabalhando intensamente para cumprir a meta de inauguração até dezembro deste ano.”
A nova ponte terá 630 metros de extensão e 19 metros de largura, com duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos de 3 metros, barreiras de proteção do tipo New Jersey, além de calçadas para pedestres e guarda-corpos. A engenharia da obra inclui sensores de monitoramento capazes de identificar vibrações e possíveis deformações — uma tecnologia indispensável depois da tragédia que chocou a região.
O desabamento da ponte anterior causou prejuízos severos à economia local. O comércio, o transporte de cargas e até a vida cotidiana dos moradores foram profundamente impactados. Agora, com o avanço visível da obra, cresce a expectativa pela retomada plena da mobilidade e da atividade econômica na região.
“Visualmente já vemos o avanço da obra. Estamos otimistas com a previsão de inauguração no dia 22 de dezembro”, afirmou Paulo Roberto Dias, presidente da associação comercial de Aguiarnópolis. O tom, antes de desespero, agora é de esperança.
Se tudo seguir conforme o cronograma, a nova ponte não será apenas uma ligação física entre dois estados, mas um símbolo de resiliência, reconstrução e futuro para uma região que conhece bem o peso das perdas e o valor da superação.