Com o termo de assunção publicado oficialmente no Diário Oficial, o vice-prefeito Carlos Eduardo Velozo (Agir) assume, a partir de agora, o comando da Prefeitura de Palmas. A transição ocorre em meio à crise institucional provocada pela prisão do prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos), alvo da Operação Sisamnes, que apura um suposto esquema de vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Diante do cenário, Carlos Velozo foi direto: não haverá mudanças no secretariado, nem exonerações. A linha é de continuidade, sem sobressaltos.
— Desde o primeiro dia de gestão, estive ao lado do prefeito Eduardo, acompanhando de perto cada processo, cada decisão. Fiz isso quando ele precisou se ausentar por questões familiares e seguirei fazendo agora. Minha missão é dar sequência ao trabalho, independente do tempo que isso dure — declarou, de forma categórica.
Velozo reforçou que a estrutura administrativa permanece intacta e que o plano de governo será rigorosamente executado. A promessa é de estabilidade. Nada de rupturas. Nada de sobressaltos.
— Nossa equipe segue unida, comprometida e preparada. Não se cogita, em nenhuma hipótese, alterar o secretariado ou desmontar o que foi construído. Palmas tem uma gestão que seguirá funcionando — garantiu.
A posse interina de Carlos Velozo se dá em meio ao turbilhão político e jurídico que envolve a prisão de Eduardo Siqueira, detido na sexta-feira (27), sob suspeita de participar de um suposto conluio para acessar ilegalmente dados sigilosos do STJ e, assim, proteger aliados e interferir em investigações da Polícia Federal.
A defesa do prefeito aguarda, no Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão sobre o habeas corpus, que está nas mãos do ministro Cristiano Zanin e pode ser julgado a qualquer momento.
Enquanto isso, Velozo conduz a máquina pública, buscando transmitir uma mensagem clara: a gestão segue. Palmas não vai parar.