Paraíso: Enfermeiro é indiciado por abusar sexualmente de duas pacientes

Homem atua na rede pública municipal de saúde. Ele tinha sido afastado por cometer o mesmo crime em 2014, mas voltou para a função e abusou de outra mulher no início deste ano.

Um enfermeiro de 56 anos foi indiciado pela Polícia Civil suspeito de abusar sexualmente de duas pacientes durante exames na rede pública de saúde municipal de Paraíso do Tocantins, na região central do estado.

Segundo a investigação, o homem tinha sido afastado por cometer o mesmo crime em 2014, mas voltou para a função e abusou de outra mulher no início deste ano.

Os casos foram investigados pela 6ª Delegacia de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (6ª DEAMV) de Paraíso do Tocantins. Os dois abusos foram enquadrados como crime de violação mediante fraude, quando o agressor se aproveita de uma situação como exames médicos, por exemplo, para ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso.

O crime muitas vezes é difícil de ser descoberto porque as vítimas acreditam que os toques fazem parte do exame clínico ou outra situação a que se submetem. Na prática, o abusador utiliza meio fraudulento para abusar das vítimas.

De acordo com delegado José Lucas Melo, as investigações começaram após uma mulher informar que foi tocada indevidamente pelo profissional da saúde responsável pelo exame de rotina, no início deste ano. Durante o atendimento foram praticados atos libidinosos indevidos que não tinham relação com a finalidade do procedimento.

Durante as investigações a polícia identificou o enfermeiro de 56 anos e verificou que ele tinha praticado ato similar em 2014, quando atuava em outra unidade de saúde de Paraíso. Na época ele chegou a ser removido das funções por mais de um ano, mas acabou voltando à atividade porque a vítima não fez nenhuma acusação formal contra ele.

Essa vítima anterior também foi localizada e relatou ter sofrido o mesmo abuso que a paciente deste ano. O enfermeiro indiciado pelos crimes contra as duas vítimas identificadas e a Polícia Civil pediu o afastamento dele das funções para a Justiça.

Com a conclusão das investigações o inquérito será enviado ao Ministério Público e ao poder judiciário. A polícia ainda pediu que as mulheres que tenham sido vítimas do homem procurem à delegacia e denunciem qualquer ato indevido que tenham sofrido.