A internet atualmente já faz parte da nossa vida. Nós gastamos um tempo considerável do nosso dia utilizando as redes sociais e nos deixando influenciar pelo conteúdo delas. Por esse motivo a forma de se comunicar está mudando e assim como empresários, artistas e afins, os políticos também já perceberam isso e passaram a utilizá- la para dialogar com seus eleitores, o que possibilitou o aumento da credibilidade destes para com os internautas, além de despertar interesse e um engajamento maior na política pincipalmente dos jovens.
Além disso, a redução do tempo de propaganda eleitoral na televisão fez com que quem ainda não se valia dessa ferramenta, passasse a utilizá-la. Dessa forma o marketing eleitoral começou a traçar estratégias para que a mensagem dos candidatos em época da eleição atingisse o maior número de pessoas através das mídias sociais, pois agora o tempo era ilimitado, o numero de espectadores também e o custo muito menor.
Esse trabalho vem dando resultados positivos, pois na última eleição dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump nunca aparecia como favorito nas mídias tradicionais, já na internet a resposta era diferente, e isso se concretizou nas urnas, o que prova que o marketing eleitoral aplicado nas redes sociais, tem efeitos reais.
MARKETING ELEITORAL
Marketing é a ciência que identifica e interpreta os anseios do mercado (pessoas) para atendê-los, satisfazendo as necessidades detectadas. No contexto político, se resume a estratégias e ações para criar identidade de um partido, candidato ou governo. O marketing político inclui marketing eleitoral, marketing partidário e marketing da administração pública.
O marketing político está relacionado com a formação da imagem em longo prazo. Tem como meta adequar o candidato ao seu potencial eleitorado, saber o que pensam e o que querem. E a partir dessas informações ajustar o discurso do candidato com os anseios do eleitorado, fazendo com que se posicione de acordo com as preocupações da sociedade.
Já o marketing eleitoral consiste na formação da imagem em curto prazo. Assim, para aproximar e aumentar seu poder de influência sobre o eleitor na hora de decidir seu voto, os candidatos precisam desenvolver um trabalho contínuo de formação de imagem.
O marketing eleitoral começa com um trabalho de pesquisa e análise, que direcionará a construção da comunicação eleitoral. Sabemos que nunca se tem 100% de aprovação, por isso é importante atingir e converter o máximo de pessoas que se interessem e por seu discurso. Na internet isso é ainda mais possível quando pois as plataformas digitais permitem ao candidato mais espaço e tempo para diálogo com seu público que nos meios tradicionais.
MARKETING ELEITORAL NAS REDES SOCIAIS
A idéia da mídia social é criar um canal de comunicação rápido, fácil e barato para que o candidato possa dialogar com os seus eleitores. É uma das partes mais importantes neste processo da campanha. E esse trabalho só faz sentido se o candidato e sua equipe estiverem preparados para responderem os questionamentos desse canal.
No Brasil, o interesse da classe política pelo assunto já está sendo considerada a nova estratégia de marketing político para as campanhas eleitorais. O levantamento realizado pela Medialogue em outubro de 2016, analisou o site oficial dos congressistas e o perfil de cada um deles nas redes sociais.
Na lista de mais influentes da Câmara dos Deputados, quatro parlamentares ficaram empatados no primeiro lugar do pódio das redes sociais: Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e seu pai, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP). Todos somaram a nota 8.
Já no recorte pelo Senado Federal, o posto de mais influente é dividido entre os senadores Magno Malta (PR-ES), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), também com média final 8.
Entre os 10 mais influentes do Congresso, apenas Aécio Neves (PSDB-MG), Alberto Fraga (DEM-RJ) e Alessandro Molon (REDE-RJ) pontuaram 7 pontos – os demais tiveram 8 pontos .
Os políticos citados na pesquisa mostram que apenas criar um perfil nas redes sociais não significa ter uma participação nessa rede, pois a participação em mídias sociais se dá através da interação. Por isso, ao pensar em marketing eleitoral nas redes sociais esteja certo de ter o compromisso e condições de interagir com os eleitores e cultivar o engajamento.
REFERÊNCIAS
SILVA, Luciano Timoteo da; FERREIRA JUNIOR, Achiles Batista. Marketing político e sua importância através das mídias sociais. 2013. Disponível em
PINTO, Djalma. Marketing: política e sociedade. São Paulo: CIA. Dos livros, 2010.
VAZ, Gil Nuno. Marketing Institucional: o mercado de ideias e imagens. 2. Ed. Ver. São Paulo. Pioneira Thomson Learning, 2003.