- Correio do Tocantins
03/03/2023 08h07 - Atualizado em 03/03/2023 às 14h58
2 Min
Dois homens foram indiciados pela Polícia Civil por divulgarem fotos íntimas de suas ex-companheiras em rede sociais e grupos de conversa por aplicativo, em Araguaína no norte do Tocantins. Em um dos casos o suspeito divulgou as imagens como forma de vingança após o término.
Os casos foram divulgados nesta quinta-feira (2) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas não têm relação entre si. Ambos foram investigados pela 3ª Delegacia de Atendimento à Mulher (3ª DEAM) depois que as vítimas procuraram a delegacia.
A primeira vítima relatou que o ex-companheiro havia colocado uma imagem íntima dela como foto de perfil e espalhado para amigos e conhecidos. O homem de 26 anos foi identificado e indicado pela delegada Sarah Lilian.
O segundo caso foi ainda mais grave por ser cometido como uma forma de vingança após o fim de um relacionamento. "O indivíduo manteve um relacionamento com a vítima e, sem seu consentimento, tirou fotos dela e também gravou cenas íntimas entre os dois. Após o rompimento do relacionamento, passou a divulgar as imagens e vídeos em grupos de aplicativo de conversas e também a divulgar pela internet após ter criado um perfil falso em uma rede social", disse a delegada.
Após a identificação de ambos os suspeitos, as vítimas pediram medidas protetivas devido ao sofrimento psicológico e vexatório a que foram submetidas. Os dois homens vão responder pelo crime de divulgar e compartilhar fotos e cenas íntimas de vítimas, que prevê até cinco anos de prisão. "A lei é muito clara ao estipular que a divulgação, compartilhamento de imagens íntimas sem autorização constitui crime e, portanto, as mulheres que forem vítimas precisam fazer a denúncia. É importante também que elas evitem compartilhar conteúdos íntimos ou mesmo manter armazenado em celulares ou computadores para que não sejam acessados por terceiros de má fé”, alertou a delegada.
Com a conclusão das investigações, os inquéritos foram enviados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para que sejam adotadas as medidas cabíveis.