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22/02/2024 às 08h35min - Atualizada em 22/02/2024 às 12h00min

Polícia Federal faz nova operação para investigar corrupção e desvios em contratos da Secretaria de Saúde

São investigados empresários, agentes públicos e agentes políticos. As buscas foram autorizadas pela 4ª Vara Federal Criminal.

- Correio do Tocantins

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (22). Segundo a PF, são investigados possíveis crimes de corrupção, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro em contratos da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) informou que até o momento não foi notificada pela Polícia Federal, nem pela Justiça Federal, a respeito da operação citada e não tem agentes policiais em prédios públicos do Governo do Tocantins. 


Nesta operação são investigados empresários, agentes públicos e agentes políticos. As buscas foram autorizadas pela 4ª Vara Federal Criminal. Os dois mandados são cumpridos em Palmas, mas os locais não foram informados.

O Inquérito Policial apura suspeitas de um esquema para fraudar licitações, direcionar contratos e desviar recursos públicos mediante superfaturamento. A suspeita é de um prejuízo de R$ 2 milhões aos cofres públicos.

A polícia afirmou que também busca esclarecer a suspeita de que um agente público estaria ocultando bens e valores de origem ilícita.

Essa investigação é um desdobramento da Operação Autoimune, realizada no dia 3 de agosto de 2023 pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU). Na época a polícia investigava superfaturamento na compra de seringas. O então secretário de saúde, Afonso Piva, foi um dos alvos e acabou entregando o cargo.

A Polícia Federal afirmou que nesta nova etapa se busca elucidar a possível existência e atuação de uma organização criminosa, bem como identificar todos os envolvidos, colher provas e recuperar recursos desviados.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, frustração do caráter competitivo de licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 50 anos de reclusão, além da perda de bens e valores para a reparação do dano.

O nome da operação foi escolhido em referência ao fato de que em vez de cumprir o dever funcional zelar pelo bem público, os servidores públicos envolvidos estariam "atacando" a Secretaria de Saúde, ao participarem do desvio de recursos públicos.

O que diz a Secretaria de Estado da Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) informa que até o momento não foi notificada pela Polícia Federal, nem pela Justiça Federal, a respeito da operação citada e não tem agentes policiais em prédios públicos do Governo do Tocantins.

A SES-TO destaca que está à disposição da justiça e dos órgãos de controle, para quaisquer esclarecimentos.

Secretaria de Estado da Saúde - Governo do Tocantins

 


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