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Greve paralisa obras da nova ponte entre Aguiarnópolis e Estreito; trabalhadores denunciam salários defasados e condições precárias

Reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek, prevista para ser entregue em dezembro, está comprometida após paralisação por descumprimento de direitos trabalhistas

Por Iara M. Coelho de Castro - Correio do Tocantins
06/08/2025 12h13 - Atualizado há 10 horas
3 Min

As obras de reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e Maranhão, estão paralisadas desde a manhã desta terça-feira (5), após trabalhadores cruzarem os braços em protesto contra o consórcio responsável pela obra, formado pelas empresas A. Gaspar e Arteleste. A construção, contratada pelo DNIT por R$ 171,9 milhões, é considerada uma das ligações rodoviárias mais estratégicas do Norte do país, mas o cronograma corre risco de colapso.

De acordo com os operários, há sérios problemas na condução das relações trabalhistas: salários defasados, ausência de pagamento de horas extras, não pagamento do adicional de insalubridade e inconsistências na contabilização da carga horária. "Estamos trabalhando todos os dias, embaixo do sol forte, correndo riscos, e recebendo apenas R$ 1.500. Isso é injusto", afirmou um carpinteiro à reportagem. Segundo ele, o valor pago está muito abaixo do que é compatível com as condições enfrentadas.

A situação veio a público por meio do vereador Elias Júnior (Republicanos), de Aguiarnópolis, e rapidamente se espalhou nas redes sociais, com imagens mostrando o canteiro de obras completamente parado. Até o momento, o consórcio não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias. A empresa A. Gaspar não atendeu às ligações da reportagem, enquanto a Arteleste apenas informou que ainda apura a situação.

Impacto no cronograma e possível ação do MPT

O impasse preocupa não apenas os trabalhadores, mas também moradores e motoristas da região. A nova ponte tem entrega prevista para dezembro deste ano, prazo que já se mostrava apertado antes da paralisação. A estrutura antiga desabou no dia 22 de dezembro de 2024, deixando 14 mortos e 3 desaparecidos. A tragédia escancarou a fragilidade da infraestrutura e acelerou a contratação emergencial da nova travessia.

A paralisação também pode atrair a atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e dos sindicatos da categoria, que já articulam medidas para garantir o cumprimento das obrigações legais por parte das empresas envolvidas.

Enquanto a obra está paralisada, o tráfego entre Aguiarnópolis e Estreito segue sendo feito por balsas improvisadas, com impactos logísticos e econômicos para a região, especialmente no escoamento da produção agropecuária e no transporte de passageiros.

A equipe do Correio do Tocantins seguirá acompanhando o caso e aguarda manifestação do DNIT e das empresas responsáveis.


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