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Suposto esquema de desvio na Câmara de Palmas expõe fraude milionária em verbas de divulgação parlamentar

Sites de fachada teriam sido criados por assessores para justificar gastos com a Cota de Despesa de Atividade Parlamentar (Codap), que já consumiu mais de R$ 5 milhões neste ano

Redação - Correio do Tocantins
04/09/2025 22h45 - Atualizado há 19 horas
3 Min

Um novo escândalo ronda a Câmara Municipal de Palmas. Denúncias divulgadas por veículos de imprensa locais apontam que parte dos recursos reservados para a divulgação das atividades dos vereadores pode ter sido desviada por meio de contratações fictícias de publicidade.

A manobra envolveria a criação de sites sem conteúdo jornalístico, sem equipe de redação e sem audiência real, usados apenas para emitir notas fiscais que justificassem despesas da Cota de Despesa de Atividade Parlamentar (Codap).

O mecanismo

De acordo com relatos ouvidos nos bastidores, assessores parlamentares estariam à frente do esquema. Eles registrariam páginas na internet apresentadas como veículos de notícias. Após receberem pagamentos da Câmara, os responsáveis pelos sites devolveriam a maior parte do valor aos gabinetes, ficando apenas com uma fração simbólica.

Na prática, verbas que deveriam ser aplicadas em transparência e comunicação com a sociedade estariam sendo desviadas para fins particulares.

Valores em jogo

Cada vereador tem direito a quase R$ 300 mil anuais para cobrir despesas do mandato, incluindo ações de divulgação. Entre janeiro e setembro, já foram pagos mais de R$ 5,1 milhões via Codap, de um total previsto de R$ 6,5 milhões para este ano.

Apesar dos altos números, o Portal da Transparência da Câmara não apresenta informações detalhadas sobre os beneficiários dos contratos, o que amplia as dúvidas em torno da aplicação dos recursos.

Suspeitas de crimes

Especialistas ouvidos destacam que, se confirmadas, as práticas podem se enquadrar em peculato, improbidade administrativa, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. O modelo se assemelha ao da conhecida “rachadinha”, mas com a diferença de que o instrumento seria a publicidade contratada em páginas fantasmas.

Falta de investigação

Até o momento, não há registros de apurações formais por parte do Ministério Público, da Polícia Civil ou do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Questionada, a Câmara ainda não se manifestou sobre as denúncias nem explicou os mecanismos de fiscalização da Codap.

Impacto na imprensa

O episódio também traz reflexos preocupantes para o jornalismo. A multiplicação de sites artificiais, criados apenas para escoar recursos públicos, acaba confundindo a população e enfraquecendo os veículos sérios que exercem de fato a função de informar.

Nesse cenário, a credibilidade da imprensa local é colocada em xeque, e a própria democracia se vê ameaçada pela mistura entre informação legítima e páginas criadas para encobrir desvio de dinheiro público.


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