O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe-TO), Elizeu Oliveira, manifestou nesta sexta-feira (5/9) preocupação com os impactos da decisão do Banco Central do Brasil (BCB) que vetou a aquisição do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília). Segundo ele, a medida deve servir de alerta para o Estado diante da forte presença do BRB nas finanças públicas e na vida dos servidores tocantinenses.
A operação foi barrada pelo Banco Central devido à situação financeira do Banco Master, considerado de alto risco pela autoridade monetária. “Essa decisão traz uma preocupação adicional porque o BRB é hoje um grande parceiro do Estado, responsável pela folha de pagamento, pelos empréstimos de obras e pela antecipação de passivos dos servidores”, destacou Elizeu.
O presidente do Sisepe defendeu que o novo governador, Laurez Moreira, faça uma avaliação detalhada da parceria com o BRB, contrato firmado ainda durante a gestão do ex-governador Wanderlei Barbosa, afastado do cargo pelo STJ em decisão cautelar no âmbito de investigação criminal.
“Ficamos reféns de um banco regional, que ainda está começando a estruturar agências no interior do Estado. O sindicato não quer atrapalhar o desenvolvimento do Tocantins, mas seria muito bom o novo governo analisar minuciosamente esse contrato para evitar qualquer prejuízo aos servidores”, alertou.
Para Elizeu, o principal ponto de atenção é garantir a normalidade no pagamento dos mais de 60 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas. “A troca de gestor já gera instabilidade natural. Assim, o Estado deve se precaver e assegurar que a folha de pagamento ocorra sem sobressaltos, pois isso será a base da nova administração”, afirmou.
O dirigente sindical informou ainda que, na próxima semana, o Sisepe pretende procurar o novo governo para debater pautas de interesse da categoria. “Desejamos toda a sorte e sabedoria ao governador interino. O servidor é um parceiro do Estado e serve como alavanca para o desenvolvimento do Tocantins”, concluiu Elizeu Oliveira.