22/03/2022 às 08h23min - Atualizada em 22/03/2022 às 10h54min

Polícia Federal investiga empresários do Tocantins por esquema de lavagem de dinheiro

'Operação Lavanderia' investiga empresa de locações de estrutura de eventos.


'Operação Lavanderia' investiga empresa de locações de estrutura de eventos. Operação investiga esquemas de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Polícia Federal realiza uma operação na manhã desta terça-feira (22) em Palmas. A ação foi deflagrada para investigar empresários e uma empresa de locações de estrutura de eventos. A suspeita é que o grupo alvo estaria envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Operação cumpre 14 mandados de busca e apreensão contra dezenas de pessoas, além de empresas e servidores estaduais. Durante a manhã policiais estiveram em um condomínio de luxo de Palmas. Agentes também estão nas ruas de Porto Nacional, São Paulo (SP), Santo André (SP) e Barueri (SP).

Entre os alvos de investigação está o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM). A Justiça Federal quebrou o sigilo bancário e fiscal do político, mas não há mandados contra ele.

Segundo a PF, empresários residentes do Tocantins estariam enviando e recebendo recursos da empresa GCI Construtora e Incorporadora LTDA, aparentemente de fachada, localizada em São Paulo. "As investigações apontaram que os empresários investigados estariam realizando transações financeiras e imobiliárias com a referida empresa, diretamente ou por meio de interpostas pessoas", disse a polícia.

Alguns dos investigados já foram citados em outras ações da Polícia Federal, como nas operações Ápia, Carta Marcada e Naum.
Os empresários relacionados nas investigações atuariam na área de eventos no Estado do Tocantins e já firmaram diversos contratos com o governo e municípios. As contratações ultrapassaram R$ 45 milhões.

A investigação também busca aprofundar e esclarecer uma possível lavagem de dinheiro do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (IGEPREV). "A mesma empresa de São Paulo que transacionava com empresários do Tocantins recebeu quase R$ 2 milhões da empresa destinatária de recursos do IGEPREV/TO, no ano de 2014", informou a PF.

A reportagem  entrou em contato com o deputado Eduardo Siqueira Campos, com o Igprev e com o Governo do Estado e aguardam respostas.

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